Capítulo 8 - Mentiras
Olá! Em primeiro lugar obrigado pelos elogios! :) Estou muito contente! Em segundo aqui está mais um capítulo:
P.O.V. Viviana
- Hum…Vim cá buscar o… - Tinha que pensar em alguma coisa rápida, olhei para a minha mão esquerda e tinha lá o telemóvel. – Telemóvel! – Apontei para o telemóvel na mão esquerda.
- Não o tinhas no bolso? – Perguntou a Sara.
- Tinha, mas o despertador começou a tocar quando eu estava na janela e caiu cá para baixo.
- E trancas-te a porta do quarto, porquê? – Perguntou a minha mãe.
- Para a pirralha não me andar a tirar roupa. – Tentei arranjar uma desculpa que não fosse óbvia.
- Vem, mas é para dentro e despacha-te que já são 7:48.
- O quê?! 7:48?! Temos que ir para casa da Camila e do Francisco! – Agarrei no pulso da Sara e comecei a correr enquanto a puxava.
- Tem calma, ninguém vai morrer se chegar-mos 5 minutos atrasadas a casa deles. – Disse a Sara enquanto se soltava.
- Anda lá! – Disse eu enquanto ela ficou parada no mesmo sítio.
- Calma faltam as malas.
- Okai, então vai lá buscar as malas, enquanto eu agarro no Max.
- Está bem!
Ela subiu as escadas e eu fui até ao jardim da frente. Ainda consegui ver o Gonçalo no fundo da rua. De repente, senti que me ia desequilibrar. A princípio pensei que tinha sido por ver o Gonçalo, mas depois percebi que, o Max já estava com as patas na minha barriga.
- Calma, rapaz! – Ri-me e agarrei-lhe nas patas. Pousei as patas dele no chão e dei-lhe umas festinhas nas costas. Agarrei-o pela coleira e fiz sinal para a Sara sair de casa com as mochilas e com os almoços (razão porque eu vou agarrar no Max).
Ela saiu a correr até á estrada principal. Eu larguei o Max e fiz a mesma coisa. Quando cheguei lá fora a Sara deu-me a minha mochila e o meu almoço.
- Obrigado, cigana. – Disse eu a rir.
- Não tens de quê, vadia! – Ela também se riu. – Vamos primeiro a casa da Camila ou do Francisco?
- Da Camila. Hoje de manhã estive com o Francisco e ele disse que só ia se a Camila fosse. – Eu ri-me e dei uma cotovelada ao de leve no braço da Sara.
- Aquilo entre eles os dois vai dar história! – Eu e ela estávamos sempre a gozar com o assunto. – Porque demoras-te tanto tempo á apanhar o telemóvel?
Não sabia o que haveria de responder. Será que contava a verdade ou simplesmente mentia e tornava tudo mais fácil…
- Porque…Ele abriu-se e o cartão saltou do sítio e é difícil encontrar um cartão SIM na relva. – Menti.
- Pois, lá isso é verdade. – Boa! Um pouco de verdade na mentira.
- Hum…Se alguma de nós quebrar a promessa, o pacto acaba?
- Vivi, porquê essa pergunta? – Ela olhou para mim com um ar desanimado.
- É só para saber o que fazer para o caso de me traíres. – Disse eu a rir. Meu Deus, sou mesmo uma péssima amiga.
- Isso nunca vai acontecer, mas caso acontecer, acho que não vai ser só o pacto que vai acabar… - Engoli em seco, mas de maneira a que a Sara não percebe-se que o tinha feito.
- Co…Como assim? – Disse eu com algum receio.
- Acho que a nossa amizade também… - Houve uma longa pausa por instantes. Ela não podia mesmo descobrir o que tinha acontecido naquele momento entre mim e o Gonçalo, perder a minha melhor amiga não. – Olha! Chegámos! – Disse ela a apontar para a casa da Camila e a sorrir. – Vá toca á campainha!
Avancei e toquei á campainha.
P.S: Outra coisa, eu agora estou aplicada/o a ler um livro em Inglês e treinar órgão, portanto é possível que tenha menos tempo para publicar posts! :)